Curso Técnico Superior Profissional Gestão de Organizações Sociais
Cada vez mais, têm sido reconhecidas as características únicas do setor social para responder a algumas falhas, sejam elas falhas do mercado ou do próprio Estado, bem como a sua capacidade para potenciar a coesão ao nível social e territorial.
Da Conta Satélite da Economia Social (CSES), datada de 2019, sabe-se que, em 2016, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia Social representou 3,0% do VAB da economia, com um aumento em termos nominais de 14,6%, face a 2013. Este crescimento foi superior ao observado no conjunto da economia, no mesmo período (8,3%). A Economia Social representou, ainda, 5,3% das remunerações e do emprego total e 6,1% do emprego remunerado da economia nacional. Em relação a 2013, as remunerações e o emprego total da Economia Social aumentaram, respetivamente, 8,8% e 8,5%, evidenciando, de novo, um maior dinamismo que o total da economia (7,3% e 5,8%, respetivamente). Por grupos de entidades da Economia Social, evidenciaram-se as Associações com fins altruísticos quer em número de entidades (92,9%), VAB (60,1%), Remunerações (61,9%) e Emprego remunerado (64,6%). O reconhecimento e valorização do terceiro setor abre as portas para a necessidade de profissionais cada vez mais qualificados enquanto fator crítico de sucesso das organizações que o integram. O Inquérito ao Setor da Economia Social (ISES) 2018, aponta para uma gestão ainda incipiente num grande número destas organizações: “a maioria das entidades da ES elabora apenas 4 documentos de gestão: Plano de Atividades (66,1%), Orçamento (56,3%), Relatório de atividades (62,1%) e Relatório e Contas (68,2%). De entre as entidades que elaboraram documentos de gestão, a maioria não os divulgou no respetivo website ou página eletrónica”. Para além disso, segundo o mesmo Inquérito: “49,7% não tinha website ou página eletrónica em 2018, mas quase 2/3 utilizavam as redes sociais, variando esta percentagem entre 45,3% nas Cooperativas e 76,4% nas Misericórdias”.
A visível necessidade de reverter esta situação e “profissionalizar” o setor da Economia Social não será estranha à assinatura de protocolo para criação de um Centro de Competências da Economia Social, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência, a 11 de janeiro de 2022, que reconhece a Economia e Inovação Social “nas áreas estratégicas evidentes do ponto de vista das prioridades”. Os factos descritos, com a visibilidade crescente da Economia Social e das suas necessidades, acrescem o sentido de oportunidade e responsabilidade na oferta do Curso Técnico Superior Profissional em Gestão de Organizações Sociais no Instituto Politécnico de Beja. Reforça-se, também, a confiança do ajustamento entre as competências que se pretendem desenvolver neste curso e as reais necessidades do mercado, potenciadoras da empregabilidade dos seus diplomados.
CANDIDATURA ONLINE
(para mais informações contactar os Serviços Académicos Setor II: 284314400)
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