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5ª Edição - 29 de Janeiro de 2010, pelas 18h00m

- Título: "A Conservação da Biodiversidade: Oportunidades e Constrangimentos Para Uma Gestao Sustentável do Território"
Diversidade biológica, definida em termos de genes, espécies e ecossistemas, é vulgarmente usada para descrever o número e a variedade dos organismos vivos. Numa perspectiva global, este termo pode ser considerado como sinónimo de "Vida na Terra", resultado de mais de 3 mil milhões de anos de evolução. O número exacto de espécies actualmente existente é desconhecido: até à data foram identificadas cerca de 1,7 milhões mas as estimativas apontam para um mínimo de 5 milhões e um máximo de 100 milhões.
Apesar da extinção das espécies constituir uma parte natural do processo de evolução, actualmente devido às actividades humanas, as espécies e os ecossistemas estão hoje mais ameaçados do que em qualquer outro período histórico. As perdas de diversidade ocorrem tanto nas florestas tropicais (onde estão presentes 50 a 90% das espécies já identificadas), como nos rios, lagos, desertos, florestas mediterrâneas, montanhas e ilhas. As estimativas mais recentes prevêem que, às taxas actuais de desflorestação, 2 a 8% das espécies que vivem na Terra venham a desaparecer nos próximos 25 anos.
Estas extinções têm profundas implicações no desenvolvimento económico e social, para além de serem consideradas uma tragédia ambiental. A espécie humana depende da diversidade biológica para a sua própria sobrevivência, dado que pelo menos 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos. Para além disso, quanto mais rica é a diversidade biológica, maior é a oportunidade para descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico, e de serem encontradas respostas adaptativas às alterações ambientais. Manter a variedade da vida é uma medida de segurança.
A conservação da diversidade biológica e a utilização sustentável dos seus componentes não é um tema novo nas agendas diplomáticas. Esta relação foi realçada pela primeira vez em Junho de 1972 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, em Estocolmo, e a primeira sessão do Conselho Governamental para o novo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (1973) identificou a "conservação da natureza, da vida selvagem e dos recursos genéticos" como uma área prioritária. O aumento da preocupação da comunidade internacional em relação à perda crescente e sem precedentes da diversidade biológica levou à criação de um instrumento vinculativo legal, com o objectivo de inverter esta situação alarmante. As negociações foram fortemente influenciadas pelo crescente reconhecimento, por parte de todos os países, da necessidade de uma partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos. De todo este processo resultou a Convenção sobre a Diversidade Biológica. Esta tem como objectivos: "a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos". A Convenção é o primeiro acordo que engloba todos os aspectos da diversidade biológica: genomas e genes, espécies e comunidades, habitats e ecossistemas.
A conservação da diversidade biológica deixou de ser encarada apenas em termos de protecção das espécies ou dos ecossistemas ameaçados. A Convenção introduziu uma nova forma de abordagem ao reconciliar a necessidade de conservação com a preocupação do desenvolvimento, baseada em considerações de igualdade e partilha de responsabilidades. Reconhece-se assim que a conservação da diversidade biológica é uma preocupação comum da Humanidade e parte integrante do processo do desenvolvimento económico e social.
Portugal, em consequência da sua localização geográfica e condicionantes geofísicas, possui uma grande diversidade biológica, incluindo um elevado número de endemismos e de espécies-relíquia do ponto de vista biogeográfico e/ou genético. A biodiversidade como património natural constitui um factor importante de afirmação de uma identidade própria no contexto da diversidade europeia e mundial, a par do património histórico e cultural a ela ligados. A consciência da sua importância levou Portugal a ratificar esta Convenção através do Decreto-Lei nº 21/93, de 29 de Junho, tendo entrado em vigor a 21 de Março de 1994 (http://portal.icn.pt, 11-08-2009).
Gerir de forma sustentável o território significa, pois, utilizar os recursos dos quais depende a vida do Homem, mas também permitir a sua renovação e continuidade. Por isso, conservação da biodiversidade ou diversidade biológica é sinónimo de valorização e não de um entrave ao desenvolvimento. |
- Local: "Fórum Municipal de Castro Verde"




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O Fórum Municipal de Castro Verde entrou em funcionamento em Novembro de 1999, resultando de uma reconversão dos antigos celeiros da EPAC.
Criado para dar resposta a algumas necessidades ao nível da dinâmica cultural, este espaço alberga, nos dias de hoje, não só o Departamento de Cultura da Autarquia, mas também a Secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo que, em muito tem contribuído para a formação musical dos jovens da região.
No átrio de entrada, com zona de estar e bar, encontra-se uma escultura de Pedro Fazenda, composta por peças paralelepipédicas, que se tornou a “imagem de marca” deste espaço. Para além das áreas de serviço, tem um auditório e um espaço polivalente, onde acontecem diversas iniciativas.
O Fórum Municipal tem ainda uma galeria unicamente destinada a exposições, por onde já passaram várias mostras de arte de pintura, escultura, fotografia, entre outras.
Escultura de Pedro Fazenda Escultura Residente do Fórum Municipal
Escultura feita com 151 peças paralelepipédicas, em mármore claro de Vila Viçosa, todas diferentes, tendo em comum a altura de 10 cm, possibilitando a construção de três elementos cúbicos de 0,7m x 0,7m x 0,7m. Estes elementos sobrepõem-se, separados do chão entre si por vidros de 10 mm de espessura, constituindo uma coluna oca com 2,13 m de altura. As peças, em muitos casos, não estão encostadas umas às outras, possibilitando a visão interior da coluna. Por outro lado, as faces destas peças que estão viradas para o interior, são trabalhadas aproveitando, por vezes, a textura e a cor natural da pedra. Por fora, apresentam a textura mais uniforme das marcas da serragem. Assim, a escultura, funciona como segmento de coluna infinita e se prolonga verticalmente. Os elementos e motivos do interior da escultura, pela sua diversidade (não há dois iguais) e pelas conotações que proporcionam, funcionam como ponto de partida para a imaginação os continuar infinitamente na horizontal. O facto de não se poder ter uma visão integral do interior da escultura favorece a consideração individual de cada elemento.
A partir destas interacções, a escultura liga-se às funções do Fórum Municipal, não estruturalmente (a coluna não suporta nenhuma carga), mas como veículo, como feixe de elementos capazes de estimular a imaginação e a curiosidade de quem entra no Fórum Municipal.
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Intervenientes Convidados:
» João Joanaz de Melo Professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa ... saber mais » Tito Rosa Presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade ... saber mais
» Rita Alcazar Coordenadora do Programa "Castro Verde Sustentável" ... saber mais
» José da Luz Pereira Presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco ... saber mais » Pedro Barroso Cantor, poeta e autor/compositor ... saber mais [cv]
Participantes convidados:
. Bárbara Pinto (Directora do Parque de Natureza de Noudar, EDIA)
. Pedro Rocha (Director-Adjunto do Deptº Gestão Áreas Classificadas do Sul, ICNB)
. José Paulo Martins [cv] (Presidente do Núcleo Regional de Beja e Évora da QUERCUS)
. Rodrigo Serra [cv] (Director Executivo do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico - CNRLI)
Actividades complementares:
Exposição de fotografia, "Encantos da Biodiversidade" em colaboração com a Quercus. Local: Galeria de Exposições do IPBeja - Edifício dos Serviços Comuns Duração: 29/01/10 - 14/02/10 (inauguração a 29/01/10 pelas 15h00m) Horário: 09h00m-18h00m

Exposição de pintura "Alentejo de Em.cantos" da autoria de António Duro onde são apresentados trabalhos feitos para o projecto "em.cantos". Local: Fórum Municipal de Castro Verde Duração: 29/01/10 - 28/02/10 (inauguração a 29/01/10 pelas 17h30m) Horário: Segunda a Sábado das 10h00m-12h30m / 14h00m-19h00m

Actuação dos grupos As "Camponesas" de Castro Verde e "Viola Campaniça" respectivamente, na abertura e encerramento dos trabalhos.

Apoios Locais:

Outras informações:
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