A dieta mediterrânica é considerada uma das mais saudáveis do mundo, baseada em tradições oriundas, nomeadamente, da Grécia, da Ilha de Creta e do Sul de Itália. Surge, em grande parte, associada às áreas de cultivo da oliveira e ligada ao sol, à convivialidade e ao trabalho físico, representada por cores vivas e alegres. Resume-se, ao nível nutricional, a uma importância muito grande que é atribuída aos alimentos vegetais e a alimentos com baixos teores de gordura saturada e gordura trans (gordura alterada que pode causar aumento do maus colesterol – LDL – e redução do bom colesterol – HDL).
O pão, o azeite e o vinho constituem a trilogia mediterrância. “O pão alentejano, à luz dos conhecimentos actuais, é de excelente qualidade alimentar e nutricional. Apreciar esse pão tão fortemente ligado à tradição cultural alentejana, a essa tão peculiar maneira de ser e de estar, traduz sentir-se bem consigo próprio, seguro, e solidário com uma matriz comportamental idónea e útil. Útil para a preservação ecológica, para a saúde individual e colectiva, e para a desaceleração da envolvência consumista da economia globalizante.” (Extraído de Pires, Emílio – Pão nosso de todos os dias. Há tanta ideia perdida. Vol II série, nº 1 (Novembro, 2000), p.3.
O azeite tem sido, desde sempre, um elemento fundamental na saúde e beleza dos povos mediterrânicos. Apresenta propriedades antioxidantes, anti-hipertensivas, anticancerígenas e contribui para a diminuição do colesterol. O azeite proveniente do Alentejo tem, actualmente, uma forte imagem no mercado, resultado das especificidades que lhe concedem as condições edafo-climáticas particulares da região.
No que respeita ao vinho importa salientar que, ao nível nutricional, especialmente o vinho tinto tem fitoquímicos que protegem de doenças coronárias. Apesar de terem sido os Povos Fenícios e Gregos que introduziram determinadas castas nesta zona, foram os Romanos e os Árabes que deram um forte incremento à cultura da vinha e ao fabrico do vinho de forma organizada. Hoje, a vinha alentejana representa cerca de 12% do total das explorações da região. A elevada notoriedade dos vinhos do Alentejo assenta na imagem de qualidade que lhe está associada e cujo reconhecimento é feito tendo por base tanto a avaliação do consumidor – traduzido num índice de preferências – como também do segmento institucional vitivinícola – baseado nas classificações das colheitas feitas com uma periodicidade anual pela Câmara dos Provadores do Instituto da Vinha e do Vinho, e nos diversos prémios conquistados em concursos oficiais, em Portugal e no exterior. |